quinta-feira, 31 de maio de 2012

« Poemas a várias vozes »



Poemas de:
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domingo, 29 de abril de 2012

Momentos da Feira Medieval




Alguns momentos da Feira Medieval - Dia da Escola / Dia Aberto.
(fotografias da Professora Teresinha Alves)

sexta-feira, 27 de abril de 2012

H2cOde

Ainda a propósito do planeta, Nuno Brito faz aqui música usando a Natureza, sobretudo a Água. Ora vejam:

quarta-feira, 25 de abril de 2012

apontamento musical e histórico I

"Grândola, Vila Morena" é a canção composta e cantada por Zeca Afonso que foi escolhida pelo Movimento das Forças Armadas (MFA) para ser a segunda senha de sinalização da Revolução dos Cravos.
A canção refere-se à fraternidade entre as pessoas de Grândola, no Alentejo, e teria sido banida pelo regime salazarista como uma música associada ao Comunismo.
Às zero horas e vinte minutos do dia 25 de abril de 1974, a canção era transmitida na Rádio Renascença, a emissora católica portuguesa, como sinal para confirmar as operações da revolução. Por esse motivo, a ela ficou associada, bem como ao início da Democracia em Portugal.

   
As fotografias testemunham os momentos da Revolução.

terça-feira, 24 de abril de 2012

apontamento musical e histórico II

Paulo de Carvalho canta "E Depois do Adeus" que foi a canção que serviu de primeira senha à revolução de 25 de Abril de 1974. Com a transmissão de "E Depois do Adeus", pelos Emissores Associados de Lisboa às 22h55m do dia 24 de Abril de 1974, era dada a ordem para as tropas se prepararem e estarem a postos. O efetivo sinal de saída dos quartéis, posterior a este, seria a emissão, pela Rádio Renascença, de "Grândola, Vila Morena" de Zeca Afonso. A razão da escolha de "E Depois do Adeus" é clara: não tendo conteúdo político e sendo uma música em voga na altura, não levantaria suspeitas, podendo a revolução ser cancelada se os líderes do MFA concluíssem que não havia condições efetivas para a sua realização. A posterior radiodifusão, na emissora católica, de uma música claramente política de um autor proscrito daria a certeza aos revoltosos de que já não havia volta atrás, que a revolução era mesmo para arrancar. (Cf. Wikipédia)



(para ver Paulo de Carvalho em 2008 a cantar a mesma música, clicar aqui)

terça-feira, 17 de abril de 2012

farinha e gelatina





Alguns dos mais recentes trabalhos para crianças mais pequenas (cerca de 3 anos), com farinha e gelatina.

segunda-feira, 16 de abril de 2012

Seleção de imagens do Dia do Agrupamento


Dia do Agrupamento / Dia Aberto / Feira Medieval no Agrupamento de Escolas Professor Lindley Cintra (23 de março de 2012).

quarta-feira, 21 de março de 2012

"Chamada Geral" de Mário-Henrique Leiria





«CHAMADA GERAL»


«avisam-se todas as polícias
fugiu um homem

tem
olhos muito abertos
duas mãos dois pés
caminha persistentemente

atenção
supõe-se que é perigoso

sinais particulares:
baixa-se com frequência
para fazer festas a um gato
apanha folhas caídas
antes que o varredor as leve
gosta de tremoços

atenção
GOSTA DE TREMOÇOS

repete-se
avisam-se todas as polícias
anda um homem à solta
à solta

atenção
tem-se como certo
que é
realmente perigoso

os aeroportos
já estão sob vigilância permanente
tudo está a postos
não poderá passar
por nenhuma fronteira
que seja conhecida

insiste-se
avisam-se todas as polícias
anda um homem em liberdade

atenção
em liberdade

delações muito recentes
permitem afirmar
que fala com frequência

todo o cuidado é pouco

consta também
embora sem referências concretas
que está sempre presente
nos locais os mais suspeitos
apela-se com insistência
para o civismo de todos os cidadãos
para a denúncia rápida e eficaz
há recompensa

atenção
anda pelo país um homem
livre

não se sabe o que fará

exige-se
a quem o vir
que atire imediatamente
é urgente

atenção
atenção
chamam-se todas as polícias
uma informação
da máxima importância
relatórios afirmam
que frequentemente
sorri com extrema virulência

repete-se o apelo
ATIREM PARA MATAR
NADA DE PERGUNTAS»

O Grupo momentos antes da "Chamada Geral"


poesia...

Tempo de Poesia




Todo o tempo é de poesia

Desde a névoa da manhã

à névoa do outo dia.

Desde a quentura do ventre

à frigidez da agonia

Todo o tempo é de poesia

Entre bombas que deflagram.

Corolas que se desdobram.

Corpos que em sangue soçobram.

Vidas qu’a amar se consagram.

Sob a cúpula sombria

das mãos que pedem vingança.

Sob o arco da aliança

da celeste alegoria.

Todo o tempo é de poesia.

Desde a arrumação ao caos

à confusão da harmonia.

António Gedeão

[1906-1997]